sábado, fevereiro 18

Michel Teló é o Barney Stinson brasileiro, e aqui está o porquê

How I Met Your Mother é uma série que vai além da simples comédia. Ela explora seus personagens de tal modo que cria-se um laço com o espectador, e quase sempre uma identificação com algum dos protagonistas. É bem comum nos grupos de amigos existir um Ted, um Marshall, ou até mesmo uma Robin. Mas todos, absolutamente TODOS os grupos conhecem um Barney.

Para os leigos, How I Met Your Mother é a melhor sitcom do planeta (se você ainda não assistiu, pare de ler esse texto e vá baixar AGORA), e Barney Stinson é um dos personagens principais da série. Você deve conhecê-lo, é aquele tiozinho nos memes e diz "true story". O cara é bem famoso pelo mundo, e admirado por suas cantadas, mágicas, frases, e outras coisas. Mas ele é mais conhecido por ser um genuíno pegador, que já dormiu com mais de 200 garotas desde seus 23 anos de idade. E quem não conhece alguém que tem umas idéias totalmente ridículas, mas que mesmo assim consegue pegar mais mulheres que você? É o tipo de pessoa que você bate e cara e consegue dizer "esse é um Barney".

história verdadeira

Pois bem, esqueçam esses caras. O Brasil não precisa deles, pois já temos um representante tupiniquim para este posto, mesmo que não tenhamos pecebido antes. Passem a contemplar Michél Teló, o Barney Stinson brasileiro.

Imagino que estejam duvidando de mm. Vocês podem perguntar o por que disso, achar que eu estou louco ou que sou só mais um tróu das internetes. A verdade é que eu também não enxergava isso no começo. As semelhanças estão lá, mas são extremamente difíceis de perceber. Um dia, porém, meus olhos se abriram, e eu pude enxergar a verdade.

Vejo que ainda há dúvidas. Pois bem, acompanhe meu raciocínio e prepare-se pra cagar tijolos. Há várias características em comum entre os dois, como por exemplo:

Michel Teló pega muitas garotas?
Claro que sim! Depois de ganhar muito dinheiro usando pouquíssimo esforço intelectual, o principal objetivo de qualquer cantor de sertanejo universitário é aumentar ao máximo seu índice de mulheres comidas/km². E, como dono de vários clássicos da música nacional como "Ai Se Eu Te Pego" e "Fugidinha", o número de mulheres querendo ser comidas por ele/km² aumenta exponencialmente, o que é ótimo para suas estatísticas. Assim como Barney, o cantor possui um histórico incrível de garotas traçadas.

Michel Teló possui bordões conhecidos?
Obviamente. Assim como "legendary" e "true story" são diretamente associados ao Barney, não tem como não se lembrar de Michel ao simplesmente ler as seguintes expressões:

"Nossa, assim você me mata."
"Ai, se eu te pego." 
Admita, você leu as sentenças no ritmo do sertanejo universitário. A primeira frase poderia ser um estilista gay comentando o sapato horroroso de uma modelo, assim como poderia ser o Ash atrás de um pokémon raro na segunda, mas nossa mente já nos guia para a música automaticamente. Pro bem ou pro mal, o cara sabe como deixar algo na nossa cabeça.

Michel Teló parece exatamente igual em todas as fotos?
Sim! Assim como Barney, nosso amado Chechel também acha que só possui um único ângulo bom. E essa posição é: Mão no bolso, sorriso simpático e corpo pendendo levemente pra um lado. E pra não dizer que todas as fotos são iguais, ele reveza entre pôr a mão no bolso e segurar um objeto imaginário. Talvez uma garrafa de Sky, ou um pênis de plástico. Isso, jamais saberemos.



Parece Hanson, mas não é

Ah, e lembram do Bro Code? O livro que o Barney escreveu com todas as regras que bros devem seguir?

Esse aqui

Pois é. Vejam essa capa do CD/DVD do Michel Teló:

Aposto que o nome é "Michel Teló na Balada"

Tirem suas próprias conclusões.

Michel Teló faz mágica?
Claro que sim! Afinal, o fato de Michel gravar uma música que nem é dele em sei lá quantas línguas e ganhar mais de 18 milhões de dólares por aquilo, só pode ser explicado com magia negra. Ou um pacto com o demônio, o que eu não duvido que o Barney tenha feito também.

Seja como for, é impossível não dizer que Michel Teló é a representação de Barney Stinson nesse Brasil Varonil. Algumas semelhanças menores também podem ser notadas - se olhar de relance, os dois são até parecidos. Há também a possibilidade de o cantor ser gay na "vida real", assim como Neil Patrick Harris. Mas de novo, isso é algo que jamais saberemos.

Delicious.

segunda-feira, dezembro 19

Untitled

Tardes de domingo costumam ser bem agradáveis, quando a pessoa deixa a preguiça de lado e resolve levantar a bunda da cadeira pra fazer alguma coisa. Bem, essa foi um tanto divertida, feliz e emagrecedora, então o herói teve um dia realmente bom.

Notícias ruins, porém, nunca esperam um dia particularmente ruim para bater na sua porta e lhe avisar, aproveitando que você já está num dia ruim mesmo. Aliás, por definição, notícias ruins são aquelas que tiram a sua alegria, te deprimem e acabam com todo seu alto-astral que outrora contagiava a tudo e a todos. Então, tecnicamente, uma notícia que chega aos seus ouvidos num dia particularmente ruim não é  na verdade ruim, é somente uma notícia. Afinal, você já está fodido mesmo.

Mas a notícia do herói era ruim. Muito ruim. Tão ruim que ele resolveu pegar a primeira coisa que viu pela frente e jogar na parede.

Pegou a primeira coisa que viu pela frente.

Mirou pra parede.

Teve um breve momento de clareza, e percebeu que era seu iPod.

Mas era tarde demais. O herói já estava aplicando toda sua força e ira nos seus braços, a essa altura prontos para disferir o projétil em direção aos pobres tijolos, que nada fizeram para magoar o herói. Mas a vida é assim mesmo e a gente acaba descontando os nossos problemas nos outros. Com uma força de vontade descomunal, ele conseguiu desviar um pouco a trajetória do player para a sua cama, que também não havia feito nada de ruim pra ele durante todos esses anos de convívio. Fez isto de uma forma que o iPod caiu quase que perpendicularmente com a cama.

Quase.

Infelizmente, nosso herói é o Rei do Improvável. Numa situação normal, o iPod teria quicado e caído novamente na cama, como qualquer iPod comum que não questiona as leis da física do jeito que elas são faria. Porém, por um acaso do destino (?), o iPod se chocou com a cama num ângulo altamente improvável, reduzindo ao mínimo a velocidade com que foi atirado. Foi ricocheteado num ângulo ainda mais improvável, e espatifou-se na parede, que por um alto fator de probabilidade não tinha saído pra tomar um cafezinho. O gadget cai, quica mais uma vez na cama, e bate com a tela no chão.

Desesperado, o herói corre pra salvar seu aparelho. Está desligado. Ele tenta ligá-lo novamente, mas a maçã mordida insiste em não aparecer. Talvez se estivesse inteira ela ainda aparecesse, mas isso já não era mais uma questão para ele discutir. Seu dia estava perdido. Numa última tentativa, daquelas que você sabe que são inúteis mas mesmo assim tenta fazer porque "vai que dá certo né", ele tenta ligar o iPod no computador.

Uma coisa que você devia saber é que, do mesmo jeito que as notícias ruins estragam o seu dia, as notícias boas também podem melhorar qualquer dia ruim, dependendo do seu ponto de vista sobre a vida. Não importa o quão ruim for o seu dia, uma notícia boa suficiente poderá melhorá-lo, e até mesmo fazê-lo esquecer dos problemas que antes lhe aflingiam, quem sabe. Notícias como "ei, sua TV que estava presa na alfândega chegou", ou "ei, você tem ótimos amigos, sabia?", ou então um "ei, seu iPod tá pegando".

Conectou o cabo do pc ao iPod. Para sua total surpresa, ouviu o barulhinho típico de um destes sendo conectado ao computador. Sua tela, antes vazia, agora exibia uma pilha parcialmente verde com os dizeres "sincronizando". O iPod estava pegando.

Podia ser até uma notícia supérflua que mal faria diferença no humor da maioria das pessoas, mas foi como um sinal para o herói. Uma lembrança de que, não importa qual ruins as coisas fiquem, elas vão voltar a ficar boas de novo. Aliás, coisas boas acontecem todo o tempo, é tudo uma questão de perspectiva. Ele ainda estava chateado, é claro. Mas isso não o impediu de ficar extremamente feliz só de ver a tela do seu iPod ligada, carregando a funcionando em perfeito estado.

Ele disse "foda-se, vou ouvir música", e ligou na porra do Foo Fighters.

sábado, outubro 8

Gasoline

Talvez você já tenha lido este texto - provavelmente daqui. Esse é o meu outro blog, onde outrora eu dediquei meu tempo a escrever sobre minha vida em geral, com uma ênfase maior nos meus antigos amores. Parei de escrever nele por alguns motivos que não são (somente) preguiça, mas alguns textos talvez ainda sirvam pra algo na vida de alguém. Como esse aí embaixo.


Junte isso ao fato de que eu não quero deixar esse blog mais parado do que já tá, e temos esse post de hoje. Tô trabalhando em algo, juro, mas por enquanto fiquem com isso daí.


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Sabe-se que nada é perfeito. Tudo o que é material - objetos, plantas, protozoários, atendentes de telemarketing - possui defeitos incorrigíveis e está fadado a ser imperfeito pelo resto de sua existência. E aparentemente os objetos, plantas, protozoários, atendentes de telemarketing e todos os seres vivos no geral aceitavam suas falhas e conviviam muito bem com isso. Ou pelo menos até a chegada dos humanos.

Denominados por eles mesmos como a espécie mais inteligente do Universo - o que entra em contra-senso com o Órgão Galáctico de Nivelação, Avaliação e Resolução de Babaquices em Geral; segundo eles, uma espécie que ordenha e cozinha vacas não pode ser considerada inteligente, uma vez que o críquete bovino é uma atividade muito mais divertida e produtiva para a sociedade em geral - os humanos não são capazes de se contentar com o que são, o que os leva a uma busca cega e interminável pela perfeição. Durante todo o seu tempo e utilizando todos os meios imagináveis eles tentam, inutilmente, alcançar o patamar mais alto de todas as criaturas do Universo: o de um deus.

Obviamente é impossível para qualquer criatura viva virar um deus, já que nem mesmo os maiores especialistas de metafísica existentes nesta dimensão conseguem comprovar, de fato, a existência de tais entidades. E bem no fundo os humanos também sabem disso. Mas sua crença (leia crença como um eufemismo para babaquice) é tão grande em relação aos seres divinos, e sua vontade é tão grande de ser um deles, que a grande maioria opta por fingir ser alguém perfeito e sem problemas, somente para os outros de sua espécie o admirarem secretamente enquanto fingem não estar nem aí porque estão fingindo que também são perfeitos, fazendo os outros os admirarem secretamente enquanto fingem não estar nem aí porque estão fingindo que também são perfeitos, fazendo os outros os admirarem secretamente enquanto fingem não estar nem aí porque estão fingindo que também são perfeitos, fazendo com que no final todo mundo saiba que ninguém presta nessa porcaria de sociedade.

E é aí que o indivíduo perde totalmente o controle. Sabendo que ele e toda sua espécie provavelmente não poderão ser deuses, ele escolhe uma pessoa aleatória que viu uma vez na TV, no trabalho ou no colégio para adorá-la, amá-la, endeusá-la. Normalmente essa pessoa é extremamente bonita, do sexo oposto do indivíduo e ele nunca, absolutamente NUNCA, terá uma chance pelo menos de conviver com ela. Aí o cara pega e chama essa pessoa aleatória de "meu amor platônico".

O objetivo de ter um amor platônico é simples. Como você sabe que sempre saberá que sabe que sempre soube que nunca saberá ser um indivíduo perfeito, então escolhe uma outra pessoa qualquer para ser perfeita por você. A idéia de ser uma pessoa inatingível, por sua vez, serve para você nunca saber os defeitos dessa pessoa. Olhando-a de longe ela sempre parecerá linda, angelical, maravilhosa, com pó de pirlimpimpim ao redor dela. Desse jeito você nunca saberá que na verdade sabe que ela também não passa de uma humana qualquer. Isso acaba servindo como uma espécie de viga-mestra da vida do indivíduo, dando forças para ele seguir em frente acreditando que nem todos têm um lado sujo e defeituoso dentro de si.

Observam-se, então, dois fatos importantes:

1- Atendentes de telemarketing não são humanos;

2- Amores platônicos não foram feitos para serem correspondidos.