terça-feira, maio 25

Vida Cruel

Uma coisa engraçada que acontece comigo é quando estou entediado. Primeiro porque eu fico com uma cara muito escrota quando tô sem fazer nada. Segundo porque eu não deveria ficar entediado, já que sempre tenho alguma coisa pra fazer. E terceiro porque sempre, SEMPRE acontece alguma dessas 3 coisas:

1- Jogo videogame até meus neurônios fazerem greve:
É quando me reafirmo como um nerd nato. Foi o que aconteceu, por exemplo, numa das minhas últimas semanas de férias desse ano, quando joguei mais de 80 horas do jogo Tales of Symphonia: Dawn of the New World em 7 dias. Não, não me orgulho disso.

2- Faço uma merda épica:
Não se preocupe, eu ainda falarei muito delas.

3- Descubro coisas fantásticas na internet:
Pode ser um site legal, ou uma web-merda épica. Mas sempre descubro algo.
E foi o que aconteceu recentemente.


Cerca de duas semanas atrás, eu mexia inocentemente na internet enquanto deleitava meu estonteante, acumulativo e encaralhador tédio. Olhava o orkut, olhava o twitter, lia umas tirinhas, conversava no skype, assistia um pornzinho. Até chegar ao meu alcance um link diferente dos outros que me mandaram durante o dia. O link de um fotolog. Há ANOS acho que não via um fotolog, resolvi dar uma checada.
Resultado: merda épica.

Pobre garota. Deu pro namorado, e ele a largou. Depois ela deu pra outro, e-- AH PORRA, leiam vocês mesmos. O que importa é que essa história me comoveu. A atitude e coragem dela em mostrar publicamente a maior frustração de sua vida me motivaram. E eis que hoje, em homenagem a nossa querida e frustrada e rodada e rancorosa e corajosa Alice, irei fazer o mesmo. Nas próximas linhas, meus caros, narrarei uma das maiores frustrações da minha vida. Ou pelo menos a primeira delas.

Mas pra isso, precisamos voltar pra quando eu tinha 8 anos. No dia em que eu não soltei o Hadouken.
Não, não tem nada a ver com uma partida de videogame que perdi. Nem com um cosplay frustrado que fez eu perder um concurso. Essa é uma história séria, e que poderia ter mudado o rumo da minha vida.

- O dia em que eu não soltei o Hadouken -

Lá estava eu, um moleque gordinho de 8 anos e aspirante a nerd. Tudo absolutamente normal, mas eu tinha uma necessidade: Eu precisava MUITO cagar. E, como um bom moleque gordinho de 8 anos aspirante a nerd que eu era, fui ao banheiro. Me preparei, sentei no vaso de modo que ficasse confortável, meditei, me concentrei... tudo dentro do ritual de sempre, que é passado há 20 gerações na minha família. Mas eis que, nos momentos finais do ritual, senti algo. Uma forma de energia intensa começou a fluir de dentro de mim de um jeito que eu nunca havia imaginado.

Não, não era um superpeido nem nada do tipo. A energia... Era o Hadouken. Não tem como explicar, mas eu sabia que era. No momento em que a senti, sabia tudo o que tinha que fazer. E PORRA, tudo o que um moleque gordinho de 8 anos aspirante a nerd quer é conseguir soltar um Hadouken, ter um PS3, um Xbox, Um DS, uma TV de plasma, todos os cards de pokémon e bater nos caras legais do colégio. Tudo o que eu precisava fazer era concentrar a energia em um ponto só, fazer a posição, e soltá-lo. Aí sim, eu teria ganho para sempre a skill Hadouken. Se eu não fizesse isso naquele momento, iria perder para sempre o poder.

Entrei em um profundo dilema. Haviam dois lados da moeda. E, sentado na privada, comecei a pensar nos prós e contras da ação que eu iria tomar.

Vantagens:
• Teria poderes que provavelmente ninguém mais conseguiria em todo o mundo;
• Eu nunca mais seria incomodado por alguém da escola. NUNCA.
• Não ia precisar mais estudar, poderia combater o mal e ganhar dinheiro por isso;
• É O HADOUKEN, PORRA.

Desvantagens:
• Se eu soltasse um Hadouken, iria quebrar a parede de casa;
• Se eu quebrasse a parede de casa, ficaria de castigo;
• Ficar de castigo não é legal.

SIM, isso foi motivo o suficiente pra eu pensar duas vezes. E SIM, eu não soltei o Hadouken por causa disso. E PORRA, que burro que eu era. Caralho.

Com as decisão tomada, não havia nada que eu pudesse fazer mais. Tudo o que eu fiz então foi pegar toda aquela energia FUDIDA e canalizá-la pra minha bunda. Afinal, eu AINDA queria muito cagar. E não, não soltei Hadouken pela bunda. Se eu tivesse feito isso, pelo menos poderia dizer "ah, sou tão foda que solto Hadouken até pela bunda IRAIRAIRAIR", mas não. Nada. Nem mesmo uma bolotinha escrota de energia.

Frustrante.




- Perguntas óbvias -

Q: Tem certeza que era o Hadouken? Não podia ser o Kamehameha ou um Rasengan?
A: Sim, tenho. Até porque essas coisas não existem, babacas.

Q: E o Hadouken existe? LOL
A: Claro que sim.

E ponto, porra.

quarta-feira, maio 19

Making Of

Acho que devo começar me apresentando.

Oi, meu nome é Nohan. Vá se foder.
Devidamente apresentado, então comecemos.

Eu tinha um blog antes. Era essa mesma página, só que com outro nome (que não irá ser citado, devido sua ridicularidade). Eu me achava o fodão escrevendo minhas fanfics que poucos realmente liam, e diziam que era legal só pra me agradar.
Obviamente, um dia eu percebi a merda que fazia. Acho que foi quando parei pra ler minhas próprias histórias, avaliar meu próprio desempenho. Nesse dia, me senti como se tivesse levado um hadouken no saco, um Falcon punch no estômago e uma martelada do Thor na cara, seguidos de uma dedada no umbigo, uma grampeada no olho e uma "bigornada" de 16 toneladas com o Jô Soares sentado em cima comendo miojo.

Eu não era fodão. E não estava pronto pra saber disso.

Larguei meu blog. Larguei minha vida. Peguei minha trouxinha, meu Game Boy, algumas caixas de Halls de morango, e saí em busca de conhecimento, em busca de respostas. Roubei um notebook qualquer e comecei minha busca. Blogs, fotologs, podcasts. Procurava em tudo, mas não achava o que queria. Mas eis que, no auge de meu desespero, e quando estava prestes a desistir e me matar rolando do topo do Everest... Um link diferente surgiu dentre os demais da busca do Google.
Era o blog de um monte tibetano. Pelo que deu pra entender no Google Translator, ele havia passado pelas mesma situação que eu, e convidava seus semelhantes para um treinamento de blogger. Lembro que estava na Ucrânia nesta época, e o Tibet não era muito longe dali. Por que não tentar?

Passei 3 anos lá. Muitos dos que entraram no treinamento morreram no meio do caminho, mas eu sobrevivi. Estava motivado demais pra morrer, ao contrário dos fracos sem determinação do meu lado. Não fiz amigos, não me interessavam. Só desejava ser ter um bom blog, e nada mais importava.
Por fim, consegui. Aprendi HTML, Java, ortografia, tudo que era necessário para escrever em um blog. Voltei para casa, abri o Google Chrome, loguei na minha conta. Apaguei todos os meus registros anteriores. Postagens no blog, fotolog, facebook... E aqui estou, postando nesta merda.



Ok, agora a história verdadeira.

Recentemente, voltei a ler blogs. Em especial por causa de um amigo meu, que tem um blog e avisa no twitter toda vez que há um post novo. Lendo o blog dele e de outros, pensei: "Ah, por que não voltar a postar?", e cá estou eu, escrevendo. É, escrever eu acho que consigo. Mas há alguns problemas: Eu NÃO sei mexer no blogger. Não sei mexer em HTML, não sei mexer no Photoshop pra fazer uma imagem de capa legal. Demorei meia hora só pra descobrir como fazer esse link do blog do Luke. E o problema mais crítico, eu não sei que nome botar nessa joça.
Portanto, reabro este blog com layout e nome (talvez) provisórios.

E sobre o que eu vou falar?
Sobre o que eu quiser.

E ponto, porra.